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O da Inês

A distância fortalece ou mata o sentimento?

Até há pouco tempo era-me impensável alimentar uma relação à distância. Porquê? Porque no passado não soube lidar com um afastamento de 200 km preferindo, assim, ir à minha vida. E fui, até ao dia. Até ao momento que percebi a importância que uma pessoa podia ter na minha vida. A minha pessoa que, não querendo-me mudar, moldou-me e fez-me querer melhorar a todos os níveis dia após dia. Como alguns devem saber, arrisquei e aqui estou eu.

 

A questão é que com a distância nascem novas dinâmicas, desejos e (como não podia deixar de ser) discussões. Sabem aquele friozinha na barriga que sentimos no início da relação? Pois é. Com o tempo perdemos essa necessidade de procurar e conhecer mais do outro, para em troca ganharmos uma panóplia de benefícios. Passamos a sentir um maior conforto, (no meu caso) um amigo para todas as ocasiões, estabilidade emocional e, não vamos ser hipócritas, uma vida sexual do caraças. Num relacionamento à distância é precisamente o oposto. Parece que deixámos de conhecer a nossa cara metade tão bem como antes, o frio na barriga volta (assim que atendemos uma nova chamada) tal como os ciúmes, inseguranças e discussões infantis. E o sexo nem sequer é mau, é inexistente. 

 

Não preciso sequer de colocar todos estes pontos na balança para perceber que a minha relação está cada vez mais forte e que tem tudo para dar certo. Assim como o facto de ter um feitiozinho que não ajuda nada nas mais variadas situações, às vezes é preciso um santo para me aturar. Entretanto queria saber a vossa opinião sobre este tema. Se acham que conseguiam manter um relacionamente deste tipo e, caso já tenham passado por estas circunstâncias, se se identificam com aquilo que estou a dizer.

 

Será que ele ainda detesta camarão e restante seafood? Tenho de lhe perguntar...

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Relações à Distância

É um pouco estranho, para não dizer muito, quando estamos todos os dias com uma pessoa que a certa altura decide ir embora.

Quando o meu namorado me informou que iria tentar a sua sorte na Inglaterra não quis acreditar. Não porque desconfiasse da sua capacidade de trabalho ou persistência, mas porque me recusava a acreditar que ele tivesse coragem de enveredar numa aventura deste calibre sem mim. Mas ele foi e há mês e meio que anda por lá.

No passado dizia que relações à distância não eram para mim. Prefiro tocar, sentir e conviver com a pessoa em vez de a observar de longe, através de uma câmara e provavelmente com plateia. Sim, tenho a mania da perseguição tenho. Mas na vida há destas coisas e, como não me vejo com mais ninguém, decidi ir na onda. Se tudo correr bem vou visitá-lo no mês que vem e entretanto mudo-me para lá no fim de Setembro. A ver vamos. Por agora vou terminar a tese que tenho em mãos, frequentar as minhas aulas de inglês e tentar captar a atenção de cerca de vinte miúdos ao Sábado à tarde.

No outro dia um rapaz de dez anos virou-se para mim e disse: "A vida não é justa!" Pois está claro que não é. Agora... um bocadinho de confiança em nós mesmos e esperança num amanhã melhor ajuda a "levar a vida de boa".

 

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