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O da Inês

A vida também é isto: Ter paciência #2

A minha avó está no hospital há um mês. Porquê? Infeções, greves de enfermeiros, mudança de antibiótico entre outras coisas do género. Ela tem tido mais paciência do que eu para ser sincera. Vou praticamente todos os dias vê-la e ela mostra-se bastante mais tranquila do que se possa imaginar. Quando chegar a hora de ir para casa chega e pronto. Será que ela sempre foi assim ou esta capacidade de saber esperar vem com o tempo? Quando lhe pergunto se está cansada de estar ali dia após dia diz que sim, mas fala-me de Deus e dos caminhos que ele escreveu para ela. Se foi parar ali é porque tinha de ser.

 

Eu acredito em Deus e faço por isso, mas não consigo compreender porque é que ela está como está ou aceitar tudo naturalmente. Agora esperas e eu espero. Agora tens de perdoar e eu perdoo. Há uma máquina além do coração que o permita?

 

Preciso urgentemente de aprender a ter paciência, calma e compreensão. Preciso de desenvolver o meu eu interior que precisa de ver tudo concluído em 5 minutos. Preciso que me ensinem a ter calma. 

 

Para aqueles que são o oposto de mim... como é levar a vida nas calmas?

 

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(Imagem retirada da Internet)

 

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Beijocas

A vida também é isto: Ceder #1

Bem hoje inauguro a primeira rubrica do blog: "A vida também é isto". Ando a sentir falta dos tempos em que refletia mais e ditava menos. Passamos por isso dos produtos aos sentimentos, pelo menos ao sábado.

 

Ceder. Eu cá não gosto de ceder. Muito cedo ensinaram-me a decidir, distinguir o bem do mal e tomar posições. "Se não querias ir porque é que foste?" "Não vais deixar de estudar só porque a tua amiga o faz!" "O que é que pensas sobre isso?" E eu acostumei-me a optar por um caminho sozinha, independentemente de pressões ou palpites alheios. Ao contrário da minha irmã, o oposto de mim. Na minha terra caraterizamos este tipo de pessoa como um "paz de alma". Só para  verem o cúmulo, certo dia a minha irmã levou uns pontapés na escola e já em casa a minha mãe perguntou porque é que ela não ripostou? Ela respondeu que não queria magoar o colega. Enfim... Quanto a mim lembro-me de uma vez entrar numa aula do ensino básico e a professora dar-nos liberdade para escolhermos os lugares. Ora duas amigas minhas queriam sentar-me ao meu lado e afirmaram que ficariam muito chateadas comigo dependendo da decisão que tomasse. Eu sentei-me sozinha até ao fim e elas ficaram lado a lado na mesma carteira. Pronto, assunto resolvido. Ainda hoje quanto mais atazanam a minha paciência, mais danada eu fico. E é certo que depois gosto de contrariar o sujeito. 

 

Estamos em 2017 e já sou crescida. E os crescido têm de ceder. O meu relacionamento já teve melhores dias, mas isso porque pela primeira vez decidi bater o pé. Sabem quando estão prestes a fazer algo infantil, pensam duas vezes e ainda assim fazem asneira? Eu fiz isso recentemente. O que é que eu ganhei com isso? Um dia recheado de drama, lágrimas, dores de cabeça, consciência pesada e solidão. Sinceramente ainda hoje acho que não estive assim tão mal e que o meu namorado excedeu mais os limites do que eu. Todavia a vida não é um jogo onde tentamos sair por cima com mais pontos. Lá por ele ter agido mal não quer dizer que deva reagiar ainda pior e vice versa. Esses momentos exigem silêncio e uma respiração que diminua o nervosismo, sem contar com a parte em que é preciso repetir tudo o que disse anteriormente (sem berros) a fim de que ele perceba o meu lado. Só que isso é tudo tão difícil Deus do céu.

 

Nas relações é preciso ceder, é certo. Mas até que ponto? Quando é que chega de abanar a cabeça e assobiar para o lado? Qual é o limite da paciência e abnegação? Nunca vou descobrir ou pensando melhor até já sei, apenas sou chatinha demais para deixar os xicos espertos desta vida levarem a melhor. Critico e, ao mesmo tempo, admiro aquelas pessoas que sabem calar e ignorar as situações de crise. É que são tão mais felizes do que eu... A ver se ganho juízo e faço mais listas de supermercado enquanto oiço baboseiras. 

 

Adoro e odeio ter razão. Sabem porquê? Porque depois de a ganhar nunca sou feliz com ela. Vá, levem lá a bicicleta.

 

 

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Beijocas