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O da Inês

Mais um post sobre o inferno que se vive em Portugal

Depois de alguma ausência, por questões profissionais e pessoais, venho pronunciar-me acerca dos incêndios que têm feito chorar o mundo e em particular Portugal.

 

Eu já sobrevivi a um fogo. Senti as costas quentes e vi as mangas da minha camisola em chamas. Foi no mínimo traumatizante. Durante meses a fio fiquei com os sonos trocados, só conseguia descansar de dia pois o incêndio decorrera durante a noite e, em consequência disso, o escuro passou a assustar-me. Não tivemos grandes estragos e o seguro cobriu os danos mas... e se não tivesse corrido tudo bem? Já ponderei acerca do assunto imensas vezes, chego a achar que foi um milagre ter saído do incidente sem danos praticamente nenhuns. O fogo é destruidor, apaga tudo por onde passa. Recordações, poupanças, histórias, em suma, parte de nós fica no meio dos vestígios da destruição.

 

Desejo a todas as pessoas que encontram-se em profundo desespero, sobretudo em Pedrógão Grande, aquilo que parece impossível neste momento: esperança e a maior sorte do mundo. Sobre as que partiram nem sei o que dizer, é demasiado triste. Tal como praticar jornalismo da forma que tenho visto na televisão. E sim estou a referir-me ao facto da Judite Sousa ter-se apresentado junto de um corpo para fazer uma reportagem. Um corpo! A meu ver a dignidade humana deve ser mantida sempre até ao último minuto. Mas isso é só a minha opinião.

 

Por aqui juntam-se esforços, reúnem-se bens alimentares e abrem-se gavetas em busca de roupas e cobertores. E por aí?

 

 

Obrigada Heróis!

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(Imagem retirada da Internet)

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