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O da Inês

O da Inês foi destaque

Em primeiro lugar obrigada pelo destaque, Sapinho. A minha "casa" ainda nem tem um mês de vida (faz apenas no dia 7 do próximo mês) e já parece ter algum interesse para vocês. Na verdade, continuaria a escrever mesmo sem destaques. Já há muito tempo que queria voltar ao mundo online e partilhar as minhas ideias e experiências, sem esperar receber nada em troca. 

 

É óbvio que com o destaque vem a responsabilidade... e os comentários menos construtivos. No entanto, cabe-me a mim lidar com isso da melhor maneira possível. Por isso caros anónimos, se esperam obter uma resposta da minha parte identifiquem-se. Gosto pouco de falar para o boneco, por isso não fiquem surpreendidos se as vossas divagações forem eliminadas. Bem sei que se tenho liberdade para escrever o que me apetece os outros também têm o direito de opinar, mas no meu cantinho quem manda ainda sou eu.

 

Mais uma vez agradeço ao Sapo pela atenção e um beijinho para quem gosta do que lê por aqui. E para os outros também, porque não? 

 

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(Imagem retirada da Internet)

Obrigada, a mulher já pode enganar-se

Li no Instagram da apresentadora Rita Ferro Rodrigues que, até 1974, o casamento católico era indissolúvel. Ou seja, não havia margem de erro. Quer dizer haver havia, mas o preço a pagar era alto de mais.

Obrigada Heróis da Revolução, obrigada Capitães de Abril, obrigada antepassados, obrigada Portugal!

 

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(Fotografia retirada da Internet)

O piropo não é fixe!

O piropo é crime, porra! 

 

Ainda miúdas habituamo-nos a receber piropos na rua, à porta de casa, à saída da escola (...) Em suma onde quer que estejamos, a idade não parece interessar aos olhares maliciosos. Mal começamos a ganhar formas, a arranhar o corpo de mulher, somos inundadas por bocas foleiras e comentários ordinários. Parece ridículo, mas desde cedo aprendi a passar para o outro lado da estrada assim que avistava uma obra por exemplo. Acredito que muitas de vocês também.

 

A lei condena, desde 2015, estas "propostas de teor sexual" que provocam medo e até sentimentos de culpa nos elementos do sexo feminino. Sim, porque é isto que está em causa: nós temos medo. Se respondemos arriscamo-nos a ser agredidas, caso não digamos nada há quem ameace fazer-nos falar à força. É triste. Atenção, eu já me ri de uma ou outra saída da qual não estava à espera do género: "Epá, já não há muitas mulheres assim." Todavia, ninguém tem de dizer seja o que for. Se calhar ri-me na altura porque estava bem disposta, mas não é correto. Principalmente quando nos dizem à saída do trabalho: "Lambia-te a c**** toda..." E depois estas diretas vêm sempre acompanhadas de um olhar impróprio que mete nojo. A verdade é que nesse dia senti-me mal, tanto pelo facto de não ter respondido como por culpabilizar-me pela situação. Ideias estapafúrdias como: "Se calhar as calças são demasiado justas" ou "podia ter escolhido um decote mais discreto." E realmente estes pensamentos não passam disso mesmo, de reflexões descabidas. EU tenho o direito de vestir-me como quiser e EU devo sentir-me confortável em andar na rua desacompanhada. Vocês devem estar a pensar: "Ei calma... é só um piropo." Mas eu digo basta à ideia cliché do "é só um piropo". É um crime e ponto final. 

 

Posso parecer um pouco drástica mas quando, na semana passada, atiraram um piropo a mim e à minha mãe na rua quis desaparecer. É a minha mãe, pá! Será que o outro lado acha que nos vamos sentir desejadas a ouvir aquelas coisas? É que não amigos, não mesmo.

 

É óbvio que a maioria dos gajos só tem paleio e nunca vai passar das palavras aos atos. Mas ao contrário deles, que estão proibidos de pronunciar determinadas expressões, eu tenho o direito de sentir medo e desprezo por eles e as suas frases feitas. O piropo não é fixe e ponto final.

 

A minha mãe fez anos sem querer

Nem sei por onde começar, uma vez que não queres receber mensagens de parabéns, ouvir falar em presentes e apagar velas nem pensar. A mim parece-me que queres voltar ao passado. Lembro-me de ti, volta e meia, atrás de mim de chinelo na mão. Pensava que tinhas um azar do caraças no que diz respeito à pontaria, raras as vezes me acertaste. Hoje tenho a certeza que falhavas de propósito. Recordo-me da Ana a correr atrás de mim pela casa a assustar-me, com caretas medonhas diga-se de passagem. Corri para ti a chorar e, no processo, bati no aquecedor do vosso quarto (teu e do pai). Não faço ideia da dor que senti ou quantos pontos levei. Vejo-te apenas a ti... a chorar muito. Lembraste dos jantares silenciosos nessa altura? Claro que não, não existiam. Eram pontapés de baixo da mesa, gritos, queixinhas e discussões que, geralmente, eram ganhas por mim. Afinal eu era a filha mais nova.

 

Nunca pensei dizer isto mas... também quero voltar a pertencer a esse quadro. Quero passar dias maravilhosos em casa dos avós e reviver uma infância que, apesar de tudo, não podia ter sido mais feliz e inocente. Quero correr pelas terras, roubar dióspiros das árvores, fugir das cobras, comer o arroz de farinheira da avó, desenhar o avô entre as motas e bicicletas e tomar banhos gelados no mar da Figueira da Foz. Ao final do dia continuava feliz porque era hora de voltar para casa e contar as minhas aventuras. As mais nojentas eram todas da Ana (ela merecia na época), as irresponsáveis para o pai (que nunca foi capaz de repreender os avós por me deixarem faltar à escola) e as divertidas eram e são todas tuas. Todas. Porque é assim que eu te vejo: uma mulher divertida, positiva, gira e meiga. Mesmo sem te esforçares.

 

Mãe, a verdade é esta. Uma parte de ti partiu recentemente, mas a vida continua. E tu tens de festejar os teus aniversários porque, efetivamente, estás de parabéns. Tiveste duas filhas, criaste-as, perdeste uma, manténs outra, recebeste dois netos e fizeste ao longo da tua vida uma imensidão de amigos que nunca se esquecem de ti. Por isso... PARABÉNS MÃE, mesmo que não te apeteça.

 

(Escrevi este texto à minha mãe em Dezembro do ano passado no seu aniversário, um mês depois da morte da minha irmã. Estas palavras eram só nossas, agora são vossas também. Bom fim de semana.)

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Review das últimas compras

Antes de mais quero dizer que este post não é só para mulheres, sabem porquê? Porque um dos objetivos da publicação é ensinar os namorados a oferecerem coisas de jeito às suas mais que tudo, só assim de vez em quando. Agora falando mais a sério, às vezes os "nossos" homens podem oferecer-nos um miminho útil por menos de dois euros. Até de borla, mas isso fica para depois.

Estas são algumas das minhas últimas compras que, por terem valido a pena, decidi partilhar convosco.

 

Bra Miami, Tezenis: É um sutiã giro, prático e mesmo confortável, acreditem! Eu optei pelo azul escuro e o cor de pele mais bronzeado (que por acaso não se encontra na foto). Custa 14,90 €.

 
 

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Primark Lipstick: Então é o seguinte, eu já gastei balúrdios em batons bastante inferiores a este menino aqui. O cheiro é óptimo, a cor é lindíssima e, surpreendam-se, custa apenas 1,30 €. É a minha descoberta do mês, definitivamente.

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 Blusa, Bershka: Sinceramente não me lembro de quanto dei por ela mas, se não estou em erro, o preço não foi além dos 12 €. Adoro tudo nela. A cor, o estampado, o tecido acetinado, o acabamento das mangas... apaixonei gentxi!

 

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Body, Beshka: É das peças mais bonitas que comprei nos últimos tempos. O veludo assenta que nem uma luva no corpo e as costas são maravilhosas. O preço do body é de 17,99 €.

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Saia em poli-pele, Pull&Bear: Foi amor à primeira vista. Além disso é curtinha, o que para pessoas baixinhas como eu é ótimo. Custa 17,99 €.

 

E pronto, por agora é tudo.

Beijinhos e portem-se bem! 

A distância fortalece ou mata o sentimento?

Até há pouco tempo era-me impensável alimentar uma relação à distância. Porquê? Porque no passado não soube lidar com um afastamento de 200 km preferindo, assim, ir à minha vida. E fui, até ao dia. Até ao momento que percebi a importância que uma pessoa podia ter na minha vida. A minha pessoa que, não querendo-me mudar, moldou-me e fez-me querer melhorar a todos os níveis dia após dia. Como alguns devem saber, arrisquei e aqui estou eu.

 

A questão é que com a distância nascem novas dinâmicas, desejos e (como não podia deixar de ser) discussões. Sabem aquele friozinha na barriga que sentimos no início da relação? Pois é. Com o tempo perdemos essa necessidade de procurar e conhecer mais do outro, para em troca ganharmos uma panóplia de benefícios. Passamos a sentir um maior conforto, (no meu caso) um amigo para todas as ocasiões, estabilidade emocional e, não vamos ser hipócritas, uma vida sexual do caraças. Num relacionamento à distância é precisamente o oposto. Parece que deixámos de conhecer a nossa cara metade tão bem como antes, o frio na barriga volta (assim que atendemos uma nova chamada) tal como os ciúmes, inseguranças e discussões infantis. E o sexo nem sequer é mau, é inexistente. 

 

Não preciso sequer de colocar todos estes pontos na balança para perceber que a minha relação está cada vez mais forte e que tem tudo para dar certo. Assim como o facto de ter um feitiozinho que não ajuda nada nas mais variadas situações, às vezes é preciso um santo para me aturar. Entretanto queria saber a vossa opinião sobre este tema. Se acham que conseguiam manter um relacionamente deste tipo e, caso já tenham passado por estas circunstâncias, se se identificam com aquilo que estou a dizer.

 

Será que ele ainda detesta camarão e restante seafood? Tenho de lhe perguntar...

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Ficar mal na fotografia, literalmente

É impressão minha ou ficamos sempre mal nas fotografias que tiramos para os documentos identificativos? É que eu assumo isso tranquilamente. Quer dizer, mais ou menos...

 

Primeiro foi o cartão de cidadão. O que eu vou contar a seguir é verídico. Foram umas cinco tentativas e, a cada nova fotografia, parecia ficar cada vez pior. E depois, para ajudar à festa, não podia rir. Ora ficava demasiado séria, ora zangada... e quando optava por aquele meio sorriso parecia uma miúda envergonhada. E estava de facto, em resultado das recentes experiências desastrosas com a câmara e dos risos libertados tanto por funcionários como pelas pessoas que estavam na fila de espera. Em resumo: fiquei péssima na imagem e, por isso, estou ansiosa que o cartão caduque para o renovar. E voltar a fazer a mesma figura provavelmente. Estou tão farta de mostrar e olhar para aquilo que nem imaginam.

 

Entretanto recebi esta semana o passaporte e como devem adivinhar também não ficou grande coisa. Agora para melhorar o cenário pediram-me que, além de esconder os dentes, fizesse um esforço por mostrar as orelhas. As orelhas!!! Não é que eu as deteste, mas ter de exibi-las é no mínimo esquisito. Gosto de tapar as orelhas com o cabelo, onde é que está o problema? E vocês respondem: "O problema Inês é que as orelhas têm de aparecer e não há nada que possas fazer para o evitar". Pois é amiguinhos, não pude mesmo evitar e o resultado é novamente atroz. E nem me façam falar das outras fotografias que somos obrigados a tirar na altura, como no ginásio, piscinas municipais, passes, etc...

 

Não me interpretem mal, eu até gosto de tirar fotografias. Não tenho culpa é de só ficar bem na vigésima segunda selfie.

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Acne

Hoje venho falar de um problema que consome muitas pessoas, em especial os adolescentes: a acne. Além do rosto, a acne ganha forma normalmente no pescoço, costas, ombros e peito. Atenção esta perturbação da pele, chamemos- lhe assim, pode alastrar-se até aos braços e coxas também. Nesse caso deixa de ser considerada acne vulgar para dar lugar a uma outra: a acne cística, que exige outro tipo de tratamento a fim de evitar futuras cicatrizes na pele.

 

Ora durante a minha adolescência tive aquilo a que os especialistas chamam de acne vulgar. Apesar de não ser nada por aí além, a situação deve ser resolvida através do uso diário de cremes ou receitas caseiras. Não se esqueçam que os jovens às vezes são mauzinhos uns para os outros e esta questão pode provocar um sofrimento emocional enorme para muitos deles. Ainda hoje surgem-me borbulhas um pouco antes e durante a menstruação que é, segundo consta, a altura em que as hormonas atuam diretamente sobre a superfície da nossa pele. A tentação é espremer, mas eu tento resistir...

 

Com isto quero dizer que, após anos e anos de desespero, encontrei o creme perfeito. (Reparem que a extrema preocupação com a imagem é uma questão recente. Eu comecei a recorrer à base apenas no terceiro ano da faculdade, enquanto que as miúdas de hoje são maquilhadas pelas mamãs, ou por elas próprias, ainda na escola primária. True story). Então cá vai. O meu creme de eleição é o Pure Skin/ Hide and Treat da Oriflame. "Oh grande coisa..." Dizem vocês. "Isso nem se compra na farmácia!"

 

O certo é que o resultado faz jus ao nome. O creme tem uma textura suave e é bege, como se fosse uma base. Esconde as borbulhas, principalmente se colocarmos uma base por cima, e torna-se ainda mais espetacular quando queremos sair um estantinho de cara limpa. Por exemplo, podemos muito bem ir às compras sem recorrer a pós de pirlimpimpim. A sério, disfarça mesmo bem.

 

Deixo-vos aqui umas fotos desta descoberta. Tenho tanta pena de não ter usado isto em miúda... enfim é a vida!

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Dietas

Todos os anos, por volta desta altura, ponho-me a pensar: "Hmmm... se calhar devia fazer uma dieta para não parecer muito mal na praia." Além de recomeçar a fazer exercício físico, que nem uma maluca, alimento-me da melhor forma possível para ter resultados rápidos. Mas atenção, a coisa vai por modas.

 

Há dois anos eram os grelhados: carne grelhada, peixe grelhado, legumes grelhados e tudo aquilo que se pode e não pode grelhar.

No ano passado virei a maníaca das saladas e, por isso, o verde tornou-se na cor mais in da estação para mim. Ora acompanhado por atum, ora por frango era certinho que o alface ia estar no prato.

Agora entrei na onda dos batidos e sumos de fruta. Opá, não sei o que vos diga. Sou assim e pronto. Olhem para mim como um urso polar que hiberna nos meses frios e acorda (para estas questões) quando sente o calorzinho à porta.

 

Então vamos lá ver, há alguém que se identifica com isto que acabei de contar? Por favor, acusem-se!

 

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Relações à Distância

É um pouco estranho, para não dizer muito, quando estamos todos os dias com uma pessoa que a certa altura decide ir embora.

Quando o meu namorado me informou que iria tentar a sua sorte na Inglaterra não quis acreditar. Não porque desconfiasse da sua capacidade de trabalho ou persistência, mas porque me recusava a acreditar que ele tivesse coragem de enveredar numa aventura deste calibre sem mim. Mas ele foi e há mês e meio que anda por lá.

No passado dizia que relações à distância não eram para mim. Prefiro tocar, sentir e conviver com a pessoa em vez de a observar de longe, através de uma câmara e provavelmente com plateia. Sim, tenho a mania da perseguição tenho. Mas na vida há destas coisas e, como não me vejo com mais ninguém, decidi ir na onda. Se tudo correr bem vou visitá-lo no mês que vem e entretanto mudo-me para lá no fim de Setembro. A ver vamos. Por agora vou terminar a tese que tenho em mãos, frequentar as minhas aulas de inglês e tentar captar a atenção de cerca de vinte miúdos ao Sábado à tarde.

No outro dia um rapaz de dez anos virou-se para mim e disse: "A vida não é justa!" Pois está claro que não é. Agora... um bocadinho de confiança em nós mesmos e esperança num amanhã melhor ajuda a "levar a vida de boa".

 

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